Debates sobre inteligência artificial não são novidade. Isaac Asimov, Philip K. Dick e outros tantos escritores já previam que uma das questões mais urgentes da sociedade era: o que significa ser humano?
Ainda no século 17 Descartes já desenvolvia a ideia de consciência com sua famosa frase “penso, logo existo”. E podemos ir mais além. Afinal, o que é pensar? Freud define o pensamento como a prévia da ação, ou seja, a ação começa na mente e, depois, se concretiza pelo corpo.
Apesar de parecerem inconcretos, estes questionamentos são essenciais para entendermos as inteligências artificiais e nos protegermos.
Por isso, hoje vamos conferir 4 perguntas que devemos fazer sobre as IA’s e quais respostas possuímos atualmente.
As inteligências artificiais são perigosas?
E claro que a primeira pergunta que fazemos é: o quão perigosas são as inteligências artificiais?
O Exterminador do Futuro, Matrix e Eu Robô são apenas alguns exemplos de filmes que ajudaram a cimentar o medo das máquinas na humanidade.
A verdade é que, por mais queiramos, os riscos da inteligência artificial não são exclusivos da ficção. Stephen Hawking foi um dos cientistas que confirmaram os potenciais perigos que as IA’s podem trazer: “O desenvolvimento da inteligência artificial total poderia significar o fim da raça humana”, afirmou o físico
Em março deste ano, um grupo de mil especialistas em inteligência artificial pediu o congelamento dos estudos e experimentos.
Outro caso que ficou famoso aconteceu em 2017, quando dois robôs desenvolvidos pelo Facebook criaram sua própria maneira de se comunicar.
Podemos concluir que sim, as Inteligências Artificiais são perigosas. Mas carros também são, e nem por isso os proibimos. Será que os benefícios valem o risco?
Quais os benefícios da inteligência artificial?
As IA’s são perigosas, ok. Diversas ferramentas que utilizamos em nosso cotidiano também são. O que nos leva a pensar: será que os benefícios são maiores do que os riscos?
É difícil apontar os principais benefícios que as IA’s podem trazer, afinal, eles são praticamente infinitos. A medicina e a educação são algumas áreas que têm muito a explorar das novas tecnologias, mas podemos ir mais longe.
Recentemente foi desenvolvida uma IA centista, capaz de descobrir equações. Os resultados foram extremamente promissores, já que o robô conseguiu se aproximar dos cálculos da lei relativística de dilatação temporal e do espaço de Albert Einstein!
Até onde as IA’s podem chegar?
As inteligências artificiais são divididas em três categorias principais, e isso pode ser toda a bússola que precisamos para noa guiar por esta nova estrada.
- Inteligências Artificial Estreita (ANI)
Esta é a primeira etapa, e também na qual todos os sistemas de IA que existem hoje se encaixam.
As ANI’s são capazes de realizar muito bem uma tarefa para a qual foram programadas. Utilizando uma enorme quantidade de dados — como aqueles presentes na internet — elas podem igualar ou até mesmo superar as capacidades humanas.
A questão é que elas só são capazes de fazê-lo nas tarefas que foram programadas e treinadas.
Desde programas que jogam xadrez a carros que dirigem sozinhos são ANI’s, mas alguns acreditam que estamos prestes a alcançar o segundo estágio.
- Inteligência Artificial Geral (AGI)
E é aqui que a história começa a ficar um pouco mais assustadora — ou empolgando, dependendo do seu posicionamento filosófico.
As AGI’s são as inteligências artificiais que adquirem absolutamente todas as capacidades cognitivas de um ser humano.
Isso quer dizer que elas serão capazes de aprender, pensar, refletir, chegar a conclusões próprias, construir suas próprias opiniões, além de enxergar e entender o mundo da sua maneira, assim como nós.
Recentemente o CEO da DeepMind, braço do Google no ramo de inteligência artificial, afirmou que não estamos longe de desenvolver uma AGI.
- Superinteligência Artificial (ASI)
Parece coisa de filmes de Holywood, e por enquanto ainda é — só não sabemos por quanto tempo.
A ASI é um conceito assustador não apenas pela capacidade de processamento ou cognitiva que prevê, mas também pelo fato de que o robô dotado de ASI será melhor do que nós em tudo, inclusive habilidades sociais. Isso quer dizer que ele conseguirá convencer tanto robôs quanto humanos? Quem sabe…
E o mais preocupante é que, ao que tudo indica, o pulo das AGI’s para a ASI será bem mais rápido do que o degrau anterior, afinal, a partir do momento em que uma IA é capaz de aprender — no segundo estágio de evolução — é apenas uma questão de tempo até ela adquirir conhecimento suficiente para se tornar uma Superinteligência.
Como nos proteger?
A História já nos mostrou que a tecnologia não pode ser freada e, com todas essas considerações, a pergunta que fica é: como nos proteger? Nessas horas, os olhos se viram para aquele que sempre deve intervir em casos de crise. O Estado.
Em 2021 foi assinado o primeiro acordo global sobre a ética da Inteligência Artificial. O documento, assinado por 193 países membros da Unesco, visa uma saudável evolução e desenvolvimento das IA’s, e proíbe a utilização das novas ferramentas para vigilância em massa. Apesar disso, ele também garante a soberania de cada país no desenvolvimento de suas próprias leis.
No Brasil, o governo parece tender ao lado da regulamentação, buscando maneiras de regular o uso das IA’s. Nosso caso é particularmente preocupante devido ao nosso histórico de fake news, afinal, cerca de 40% da população afirma receber notícias falsas diariamente!
Você já refletiu, por exemplo, no estrago que inteligências artificiais de criação de imagens podem causar nas próximas eleições?
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