Os benefícios das inovações tecnológicas vêm sendo cada vez mais discutidos. Principalmente nos últimos meses, as inteligências artificiais transformaram o mercado de trabalho — e isso é apenas o começo. Mas qual será o papel da tecnologia na educação daqui para frente?
O horizonte se mostra como um oceano de infinitas possibilidades, mas há também aqueles que enxergam nas novas ferramentas uma ameaça. O Chat GPT, por exemplo, pode literalmente fazer trabalhos completos!
Como lidar com ferramentas tão poderosas? Elas são capazes de enganar os professores? É o que vamos discutir neste artigo. Continue lendo!
Vale ressaltar que este não é um post pedagógico. Somos uma empresa de tecnologia que gosta de conversar e debater ideias. Todas as informações contarão com a fonte, mas não somos da área de educação. Se você busca um conteúdo acadêmico, procure por professores e pedagogos.
Quais são as novas tecnologias?
Claro, antes de começar a falar sobre o papel da tecnologia na educação, precisamos entender quais são essas inovações.
É claro que o mundo tecnológico está em constante evolução, mas é possível apontar uma ou duas ferramentas que vêm transformando o mundo escolar nos últimos anos…
Primeiro, devemos pensar na pandemia da Covid-19. Com o distanciamento social, o EAD (Ensino à Distância) tomou conta da vida dos estudantes.
Um estudo do Senado Federal revelou que para a maioria dos pais, tanto 2020 quanto 2021 foram anos letivos perdidos. Isso mostra, talvez, que alunos, pais e professores talvez precisem de mais tempo para se adaptar às tecnologias.
O apocalipse das máquinas?
O principal assunto dos últimos meses também tem sido tema de debates no ramo da educação. As inteligências artificiais chegaram com tudo.
Posso falar, por experiência pessoal, que as IA’s mudaram bastante o cotidiano de trabalho. Ferramentas como o Chat GPT são incrivelmente úteis ao criar pautas, corrigir textos e até mesmo pesquisa. Mas o que será que elas representam no ambiente educacional dos nossos jovens?
A grande preocupação é que as ferramentas sejam utilizadas de forma leviana por parte dos alunos, afinal, é praticamente impossível determinar se um texto foi escrito ou não por uma IA.
Pense por um minuto: e se você tivesse acesso ao Chat GPT na época da escola? Quantos trabalhos você teria deixado de fazer e simplesmente gerado por meio dele? Quanto conhecimento você teria a menos devido a esses trabalhos não feitos?
Essas são as perguntas que devemos responder e, além disso, encontrar caminhos para impedir o mau uso dessas ferramentas. Em janeiro de 2023, as escolas públicas de Nova York chegaram a proibir o Chat GPT, mas o governo derrubou a proibição em maio.
Como responder perguntas impossíveis?
Bom… podemos afirmar com certa tranquilidade que a História já nos ensinou que a proibição de qualquer coisa não leva a grandes resultados. Então qual caminho devemos seguir?
As possibilidades de melhorias e assistência que as IA’s trazem ao ensino são imensas. Recentemente, uma aluna da IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), utilizou uma inteligência artificial para identificar praga de maçãs.
Mas é claro: acadêmicos e adolescentes são completamente diferentes. Como garantir que os jovens não estão utilizando as IA’s para burlar os professores?
Por enquanto, essa pergunta segue sem resposta.
IA x IA
Em fevereiro de 2023, a OpenAI, empresa responsável pelo Chat GPT, lançou uma outra inteligência artificial — desta vez para identificar textos produzidos por IA’s.
O problema é que o resultado é bastante incerto. A ferramenta, após analisar o texto, retorna um dos seguintes resultados:
– Muito improvável;
– Improvável;
– Incerto;
– Possivelmente;
– Provavelmente gerado por IA.
Mesmo que o texto do aluno caia no máximo grau de risco, seria correto puni-lo por um texto que “provavelmente foi gerado por IA”?
E então, além de todo o debate técnico, temos agora uma questão ética em mãos.
E mais: a ferramenta responsável pelo veredicto é, também, uma inteligência artificial. Seria ela capaz de identificar outra? Isso mesmo, o debate agora se tornou filosófico!
“O progresso é inevitável”
Uma coisa podemos ter certeza: a tecnologia é absolutamente, intrinsecamente e ideologicamente imparável.
Ferramentas transformadoras fazem parte da história humana, e é somente graças a elas que vivemos no mundo como conhecemos hoje.
A internet viabilizou quase completamente as enciclopédias, os jornais impressos já não tem o impacto que um dia tiveram em mãos, os telefones fixos já são uma espécie praticamente em extinção…
Poderíamos ficar por horas falando sobre inovações tecnológicas que mudaram a humanidade, e nenhuma delas foi freada por medo ou proibição.
Talvez devêssemos entender as novas tecnologias, treinar as pessoas para utilizá-las e abraçar o futuro, afinal, ele está batendo à porta — quer queiramos, quer não.
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