Arenas lotadas, torcidas apaixonadas e jogadores que se tornam verdadeiras celebridades deixaram há muito tempo de ser uma exclusividade dos esportes tradicionais. Há cerca de uma década atrás o mundo começou a ser tomado pelos e-sports, ou esportes eletrônicos.
Garotos que antes eram vistos como nerds passaram a ser tratados como estrelas, e famílias inteiras mudaram de vida por meio dessa nova categoria de competição.
Ainda há aqueles que exitam em chamá-los de “esporte”, mas a capacidade que possuem de encher estádios e gerar paixão nas pessoas é inegável.
Se prepare para conhecer um mundo à parte que se formou nos últimos 10 anos.
Esporte x e-sports
A primeira grande discussão que todos se deparam é: como um grupo de jovens sentados em frente a uma tela podem ser considerados atletas?
Por mais que a definição da palavra “esporte” no dicionário venha sim atrelada a atividade e esforço físicos, outras competições como o xadrez já são considerados “esporte da mente”.
Mas a verdade é que tudo isso pouco importa. Como parte da comunidade que acompanha o e-sports, posso afirmar que temos pouca ou nenhuma preocupação em ser categorizados como esporte tradicional. No fim, é apenas uma palavra, e nada mais.
Portanto, que tal irmos ao que realmente interessa?
Em uma galáxia muito, muito distante…
Apesar de o grande boom dos e-sports ter acontecido durante as últimas décadas, o primeiro campeonato de jogos eletrônicos aconteceu em 1972. A competição? As Olimpíadas Intergaláticas de Spacewar, na Universidade de Stanford. O vencedor, Bruce Baumgart foi premiado com uma assinatura de um ano da revista Rolling Stone.
Este é considerado o primeiro torneio de videogames do mundo. Apesar de ainda estar muito longe dos palcos e premiações multimilionárias que vemos hoje em dia, devemos valorizar aqueles que abriram o caminho pela primeira vez.
Os anos 80: a era dos arcades
A década de 80 foi dominada pelos famosos Highscores. Quem viveu a época sabe que a diversão era tentar bater a pontuação dos amigos em jogos como Donkey Kong e Pac Man.
Além dos arcades, tivemos também o primeiro grande campeonato em massa, organizado pela Atari. Mais de 50 mil jogadores participaram do primeiro torneio de Space Invaders no início da década!
Eram os primeiros passos de um caminho que se mostraria surpreendente.
Anos 90: um sorvete misto
Talvez os anos 90 sejam os mais importantes na história dos e-sports. Isso porque tivemos duas grandes febres aqui: a internet e os jogos de luta!
Primeiramente, a internet criou a possibilidades de competições em jogos como Counter Strike e Warcraft. Talvez você tenha ouvido falar deles…
Por outro lado, o Street Fighter II foi o responsável por popularizar a disputa direta entre dois jogadores nos ringues virtuais. Desde então jogos como Marvel vs Capcom, Mortal Kombat e o próprio Street Fighter nunca mais saíram dos torneios. Inclusive o campeonato mais importante de jogos de luta, o Evolution Championship Series, foi criado na década de 90. Até hoje é disputado e acompanhado por milhares de fãs.
Anos 2000: o começo de um trabalho
Foi apenas a partir dos anos 2000 que os e-sports começaram a realmente se profissionalizar. As primeiras organizações surgiram, entre elas SK Gaming, Fnatic, Mouse Sports, Ninjas in Pyjamas e a brasileira MIBR.
Por um tempo, o cenário ocidental foi dominado pelo Counter Strike 1.6, um dos jogos mais saudosos de todos, enquanto o oriente se concentrava nos RTS’s como Starcraft.
Mas foi aqui também que surgiu algo que mudaria para sempre os campeonatos: o MOBA.
MOBA: um gênero feito para o competitivo
Mobile Online Battle Arena é um estilo de jogo criado por Aeon of Strife em 1998. O jogo era um mod de Starcraft. Mas o que realmente popularizou o gênero foi Defense of the Ancients, um mod de Warcraft III.
E então, em 2009, surgiu o League of Legends, um dos jogos mais amados e odiados de todos os tempos. Seja a sua opinião qual for, é impossível negar a contribuição do moba da Riot Games para o e-sports.
Claro, já tinhamos campeonatos de Dota, Counter Strike e Street Fighter, mas o famoso LoL mudou tudo. Estandes em feiras de games se transformaram em estádios, apresentadores amadores se transformaram em narradores profissionais e um locutor anunciando a final do campeonato se tornou bandas tocadas no mundo todo.
O espetáculo estava formado, e em seu auge o League of Legends se tornou um fenômeno mundial tão grande que ultrapassou marcas de audiências de eventos como as finais da NBA!
Junto ao LoL, grandes expoentes surgiam, entre eles o Dota 2 e o Counter Strike Global Offensive, ambos com torneios milionários e estruturas que não devem em nada às Olimpíadas.
Mas outro fator foi crucial para o crescimento do e-sports…
Uma transmissão íntima
Junto ao boom dos mobas e do CSGO, temos também que avaliar a criação dos streamings, em especial a Twitch.
Nossos ídolos sempre foram figuras inalcançáveis. Seja um jogador de futebol ou um rockstar, nós raramente tínhamos a chance de vê-los fora do ambiente profissional. Eis que chegam os e-sports e seus astros: jovens que nunca foram celebridades e não possuem uma enorme equipe de assessoria.
Isso, aliado a plataformas de streaming, criaram um efeito um pouco estranho: os fãs agora passavam horas e horas assistindo seus ídolos jogando, conversando, ouvindo música e até assistindo a um filme.
As transmissões na Twitch explodiram, agora que conseguíamos ter um contato próximo com aqueles que admirávamos.
Foi então que começaram a surgir figuras como Gaulês, Yoda e Casemiro.
A proximidade com os ídolos fez a comunidade dos e-sports criar um laço único — assista às lives do Gaulês, por exemplo, e conheça uma relação entre ídolos/fãs que você nunca viu.
Era como se todos fossem parte da mesma coisa. E isso com certeza fez com que os e-sports atingissem um patamar ainda maior.
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