Você já considerou se inscrever em um curso de manutenção de celulares?
O mercado de manutenção de smartphones se atualiza a cada dia. Se você não investir em capacitação, será jogado aos tubarões em um futuro próximo. Mas a vontade de investir é apenas o primeiro passo, afinal, é preciso também saber ONDE investir. A troca de vidros é, indiscutivelmente, o conhecimento mais urgente para técnicos brasileiros.
Além de ser muito bem paga, essa técnica é oferecida por poucos profissionais e a demanda é literalmente infinita.
Que tal conversarmos um pouco mais sobre isso?
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Um mercado para quem faz curso de manutenção de celular
Se você não sabe, a troca de vidros é talvez o serviço que mais apresenta um abismo entre oferta e demanda atualmente no mercado de manutenção de celulares.
Isso porque grande parte dos problemas em telas estão no vidro, mas pouquíssimos técnicos sabem trocá-los sem descartar todo o restante da tela.
De forma resumida: a troca de vidros te permite consertar a imensa maioria de telas sem a necessidade da compra de uma nova, mantendo a originalidade do aparelho do cliente e cobrando o mesmo preço que você cobraria ao trocar a tela inteira!
Parece sonho, mas não é. Neste artigo nós vamos te explicar tudo o que você vai aprender no curso, além de te apresentar os professores: Davidson e Josiel, técnicos com anos de experiência na troca de vidros.
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Entrevista com professor Davidson Cristiano Alves
Primeiro, conte um pouco de sua história. Como você entrou no mundo da assistência técnica?
- Eu entrei na assistência técnica em 2016 por um convite. Eu não conhecia nada da área, mas um amigo que já atuava como técnico decidiu abrir uma loja e me convidou para ser sócio. Cada um de nós entrou com 50% do valor e a ideia era que eu ajudasse na gestão. Logo no início eu já comecei a me interessar pelos consertos e aprender muito com ele. Ou seja: nos 3 primeiros anos de assistência, que eu fiquei na loja, aprendi tudo com ele.
E falando sobre a troca de vidro em específico, há quanto tempo você atua com esse serviço?
- Eu conheci a troca de vidro pela primeira vez há uns 5 anos, pela internet. Na época o pessoal estava fazendo muita troca pela internet. Aqui em BH tinha alguns que prestavam o serviço, mas de uma forma muito amadora ainda. Com isso em mente, fiz o primeiro treinamento há 3 anos. Depois disso, continuei sempre me atualizando e fazendo novos treinamentos, tanto presenciais quanto online.
Quais são os principais benefícios que a troca de vidro pode trazer para um técnico ou uma assistência?
- Os principais benefícios da troca de vidro? Essa é fácil. Primeiro, a lucratividade, obviamente. Insumos e materiais baratos com uma altíssima margem de lucro, não tem nem muito o que falar. Em segundo lugar, a garantia. O fato de manter a tela do cliente original, a gente se livra de um problema de garantia, afinal, o serviço não vai dar problema. Então é muito raro termos retornos de clientes insatisfeitos, que cobram garantias e mais serviços sem custo. Isso é bom tanto pra empresa quanto para os próprios clientes.
E quanto tempo demora para que um técnico que já atua no mercado se especialize em troca de vidro e realmente esteja apto a começar a pegar clientes?
- Isso vai depender da dedicação dele, além também da habilidade manual e da experiência prévia que ele já tem de manutenção no geral. Usando o meu exemplo, já aprendi logo no primeiro treinamento. Após a conclusão, já cheguei na assistência aceitando todos os serviços de troca de vidro que apareciam. Claro que esbarrei nas telas mais difíceis, como a linha Edge, telas flexíveis e também da linha X, mas as telas básicas, que são as que aparecem toda hora, já deram todas certo dentro de 1 ou 2 semanas. Eu acredito que mesmo os iniciantes, se realmente se dedicarem, não passa de 3 ou 4 meses.
Quais são os equipamentos indispensáveis para quem deseja começar a trocar vidro?
- Falando-se de maquinários, que são os mais pesados, precisamos de uma laminadora tira-bolhas e uma separadora. Fora elas, temos algumas ferramentas simples para fazer um trabalho bem feito, como fios, lâminas, espátulas, escovas, entre tantos outros.
Agora conte um pouco mais sobre o curso: pra quem ele se direciona, quais assuntos serão tratados, como o aluno sairá da sala de aula?
- No curso, trabalharemos de forma progressiva, do Zero ao Avançado. A ideia é ensinar o aluno que não sabe o que é a troca de vidro, e ensiná-lo tudo, começando com as técnicas básicas. Depois, falaremos de técnicas mais avançadas, para ele conseguir trocar exatamente as telas mais complexas, como Edge e telas de iPhone. O aluno sairá apto sim a trocar vidros, mas claro que para virar um expert, demorará algum tempo. As ferramentas, porém, estarão todas nas mãos dele.
Alguém que ainda não está inserido no mercado de manutenção pode fazer o curso?
- O curso é destinado para técnicos que já têm alguma experiência. Aquele cara que quer começar no mundo da manutenção, que nunca arrumou um celular na vida, realmente não deve realizá-lo. O curso de troca de vidro é uma especialização, e não uma formação de base.
Como é a demanda para a troca de vidro no dia a dia?
- A demanda é enorme e não acaba nunca. Todos os dias alguém compra um celular e alguém quebra um celular. A conta é simples: existem mais celular do que assistências técnicas no Brasil, então a demanda com certeza nunca vai acabar.
Quanto ao mercado de manutenção no geral. Como você vê as tendências para os próximos 5 ou 10 anos?
- Eu vejo um processo de especialização, isso é, acredito que o mercado de assistência técnica — não somente o da troca de vidro — vai cada vez mais selecionar os profissionais que vão conseguir sobreviver no meio. Aquele cara que faz o trabalho de qualquer jeito, que não investe na sua formação, em mais conhecimento e em novas técnicas, não vai conseguir se destacar mais. Isso porque as novidades estão mais rápidas do que nunca atualmente. Cada aparelho vem com uma técnica nova de manutenção, pede novas ferramentas, maquinários e treinamentos.
Pra gente encerrar agora, que tal um caso? Você já teve alguma dificuldade trocando vidros, lá no começo?
- Um dos casos mais difíceis que eu tive foi durante o lançamento do Samsung s20. Isso porque ele mudou algumas técnicas de troca de vidro. Ao fazer o primeiro serviço com o aparelho, eu errei 3 vezes. Na época, era uma tela extremamente cara. No meu caso, o risco nunca é passado para o cliente, então em caso de danos à tela, eu teria que comprar outra. Mas desafios são algo normal na bancada, e nunca vão acabar.
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Entrevista com professor Josiel Isaías
Por que você entrou no mercado de troca de vidros?
- Principalmente porque eu estava cansado de ficar parado, na minha zona de conforto. Outro fator foi também o excesso de retornos que eu tinha por causa da baixa qualidade das telas no mercado. Como a gente consegue manter as telas originais com a troca de vidro, é muito raro que algum defeito volte a acontecer e, assim, os conflitos com os clientes se tornaram muito menos costumeiros.
Quais foram seus principais erros quando você começou na troca de vidro?
- O primeiro deles, e talvez mais comum, foi achar que o Youtube ensina alguma coisa. Você que está lendo, não faça isso. Procure um profissional que já esteja na área. Assim, você não vai fazer como e gastar dinheiro com ferramentas que eu não uso, por exemplo.
A técnica da troca de vidro funciona em todos os modelos de smartphone?
Sim! Atualmente, a única restrição que eu faço é trabalhar apenas com telas originais, pra ter menos dor de cabeça mesmo. Apesar de todos os aparelhos aceitarem a troca de vidro, a técnica muda dependendo da tela: flat, edge, flip. Cada um desses vai ter uma técnica e uma dificuldade diferente pra trabalhar.
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