Cyberpunk: um debate sobre o futuro da tecnologia

O futuro da tecnologia: o que o Cyberpunk nos ensina3 min de leitura

Bruno Resende
6 de abril de 2023

Principais Pontos

Uma atmosfera impregnada, arranha-céus por todo o lado, uma chuva constante e luzes neon iluminando a noite. O cenário? Uma grande metrópole. Se você se preocupa com o futuro da tecnologia, com certeza já concluiu que estamos falando de cyberpunk: um sub gênero distópico da ficção científica que nos mostra como pode ser nossa vida em um futuro próximo.


Ou será que já estamos vivendo em um mundo cyberpunk?


Hoje não vamos falar sobre nossas máquinas laminadoras, de película e gravação a laser. Desta vez, queremos propor um debate sobre o que o futuro nos reserva enquanto sociedade — e onde estamos no momento.

Vamos conversar um pouco?

O que é cyberpunk?

Nascido na década de 80, o cyberpunk propõe um grande debate: qual o limite da tecnologia?

Para isso, ele traça um cenário em que a tecnologia se encontra dentro da vida das pessoas como nunca antes: as grandes corporações têm controle sobre basicamente tudo, as propagandas são ostensivas e invasivas, o clima é sempre chuvoso devido à extrema poluição e até mesmo os humanos possuem implantes artificiais em seus corpos.

A primeira obra a trabalhar com a estética do gênero foi o conto “Cyberpunk”, de Bruce Bethke, publicado em 1983.

Desde então,  diversos autores, cineastas, quadrinistas e até mesmo músicos se aventuraram pelo gênero.

O que compõe o gênero

Como qualquer gênero artístico, o cyberpunk não conta com uma caixinha de elementos pré-definidos que devem ou não ser utilizados.
Mas podemos sim destacar algumas constantes do gênero. Entre elas:

A tecnologia onipresente;
O poder na mão de grandes corporações;
Uma sociedade hierarquizada, repleta de marginalizados;
Uma estética futurista distópica: suja, caótica, superpopulosa;
Debates filosóficos sobre morte, ética e o que significa ser humano.

É claro que poderíamos passar algumas horas falando apenas sobre as possibilidades que o cyberpunk possibilita, mas esses são os elementos que você encontrará em praticamente todas as histórias do gênero.

Quando a tecnologia nos substitui, emula ou engana

O que nos difere de um robô? Esta é uma das perguntas sobre o futuro da tecnologia.
Se alguém possui um braço biônico, ele ainda é 100% humano? E se o implante for o coração? Os olhos? Ou quem sabe o cérebro? A partir de qual momento deixamos nossa humanidade para trás? O que nos faz humanos?

Estas são as grandes perguntas levantadas pelo cyberpunk.
Traçando paralelos, hoje podemos dizer que boa parte da sociedade acontece através da tela de um smartphone.

Nós nos relacionamos pelo celular, trabalhamos pelo celular, estudamos, realizamos pagamentos, conhecemos novas pessoas, deixamos de conviver com quem não nos agrada mais. Tudo mediado pela tecnologia.

Talvez os implantes robóticos não tenham invadido nossos corpos ainda, mas com certeza invadiram nossa sociedade.
Você, que está lendo, provavelmente não possui um braço biônico, mas talvez possua muito mais do que isso no cartão de memória do seu smartphone. Seus contatos, informações bancárias, fotos de pessoas queridas, redes sociais, arquivos do trabalho. Toda uma vida resumida a um aparelho que o acompanha aonde quer que você for.

Como pensariam os primeiros autores do gênero nos vendo tão íntimos da tecnologia?
O quão cyberpunk nossas vidas já são?

Confira as imagens abaixo. Uma é do jogo Cyberpunk 2077, a outra é Hong Kong. Você consegue dizer qual é qual?

Seria isto Hong Kong ou Cyberpunk 2077?
Seria isto Hong Kong ou Cyberpunk 2077?

Para quem quer se aprofundar:

filmes

Se falando de filmes, não existe uma alternativa melhor do que o clássico Blade Runner. 

Dirigido por Ridley Scott, o longa é baseado no livro “Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?”, de Philip K. Dick.

Deckard é um agente que caça replicantes — androides biológicos que se parecem exatamente com humanos. Aqui, o grande debate é: o que nos faz humanos? E claro, como um bom filme, ele não dá a resposta para a grande pergunta sobre o futuro da tecnologia.

Se você gosta de algo com mais ação e menos contemplação, uma ótima opção é outro clássico: Matrix. Ambientado em um mundo pós apocalipse das máquinas, Neo deve encarar a verdade e ajudar os humanos a combater seus algozes metálicos. 

Mesclando ação e filosofia, Matrix nos faz pensar: o que é a realidade?

Blade Runner: um clássico do cinema cyberpunk

Livros

A literatura, como de costume, é a mídia mais rica para quem busca se aprofundar. Se queremos entender melhor qual o futuro da tecnologia, os livros vão nos ajudar a responder essa questão.

Além do clássico de Philip K. Dick que inspirou Blade Runner, temos Neuromancer de William Gibson, Encarcerados de John Scalzi e os clássicos de Isaac Asimov.

O futuro da tecnologia discutido no livro Neuromancer

Séries

No antro das séries, uma se destaca entre todas as outras.

Altered Carbon conta a história de um mundo em que os ricos conseguem transferir suas consciências para um chip, que pode ser ativado em outros corpos. Isso significa basicamente uma coisa: imortalidade. Assim que seu corpo começa a definhar, você simplesmente troca para outro.

As coisas ficam interessantes quando um bilionário contrata nosso protagonista para resolver o próprio assassinato — de seu corpo antigo.

O futuro da tecnologia explorado na série Altered Carbon

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