Os perigos da inteligência artificial na redação

Francielle Paixão
8 de setembro de 2023

Um dos avanços mais notáveis deste século é, sem dúvida, a inteligência artificial (IA). A ferramenta tem potencial para revolucionar diversos setores, mas também suscita inúmeras preocupações

Por isso, os perigos da inteligência artificial na redação de concursos e processos de seleção como o ENEM, por exemplo, surgem em alta como eixos de discussões relevantes.

Afinal, chegará um tempo em que os profissionais não saberão realizar funções simples do trabalho sem o auxílio de uma IA?

No contexto educacional, é essencial abordar os perigos da inteligência artificial, uma temática contemporânea que pode ser um ponto de destaque em provas de seleção.

É evidente que as IA’s não estão disponíveis somente no ambiente de trabalho ou educacional. Hoje em dia, têm se espalhado por todos os cantos onde a internet alcança.

Leia também: A internet 5G e seus impactos na sociedade: entenda tudo

Contudo, essa onda de inovação também traz consigo uma série de questões e desafios, sendo a segurança uma das mais proeminentes. 

À medida que a IA se torna mais integrada ao nosso cotidiano, é fundamental entendermos os aspectos relacionados à segurança.

Por essas questões, vamos discorrer sobre o assunto! 

Como as IA’s são construídas

As inteligências artificiais são construídas utilizando uma combinação de técnicas e tecnologias avançadas. 

Leia também: Curso de assistência técnica de celular vale a pena?

Os profissionais da programação unem o aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e redes neurais, entre outras, para construir uma inteligência artificial. 

De forma geral, os programadores seguem os seguintes passos para criar uma IA:

Objetivo

O primeiro passo é identificar o problema que a IA deve resolver ou a tarefa que ela deve desempenhar e ter uma compreensão clara do que se espera que a IA faça.

Coleta de dados

A maioria das IA’s depende de grandes conjuntos de dados para aprender e tomar decisões. Os dados podem ser textos, imagens, vídeos, áudios, entre outros, dependendo da natureza da tarefa. 

A qualidade e quantidade dos dados são fundamentais para o sucesso da IA.

Pré-processamento de dados

Os dados coletados muitas vezes precisam ser limpos e preparados para análise, incluindo a remoção de ruído, tratamento de valores ausentes e normalização dos dados.

Escolha de algoritmos e modelos

Com os dados preparados, é hora de escolher os algoritmos e modelos adequados para a tarefa em questão, selecionando algoritmos de aprendizado de máquina supervisionado, não supervisionado ou reforçado, dependendo dos requisitos.

Treinamento do modelo

Nesta fase, o modelo de IA é alimentado com os dados de treinamento para aprender padrões e relações relevantes. 

O treinamento envolve ajustar os parâmetros do modelo para minimizar a diferença entre as previsões da IA e os valores reais nos dados de treinamento.

Avaliação e validação

Após o treinamento, o modelo é avaliado usando um conjunto de dados de validação ou teste que não foi usado durante o treinamento. 

Depois, basta verificar a capacidade do modelo de fazer previsões precisas e identificar possíveis problemas, como o overfitting.

Ajustes e otimizações

Com base nos resultados da avaliação, os modelos e algoritmos podem ser ajustados e otimizados para melhorar o desempenho da IA.

Implantação

Uma vez que o modelo está treinado e validado, ele pode ser implantado em um ambiente de produção para realizar tarefas em tempo real, integrando a IA em aplicativos, sistemas ou dispositivos.

Monitoramento e manutenção

IA’s em produção precisam ser continuamente monitoradas para garantir que estejam funcionando de maneira eficaz e atualizadas conforme necessário. 

Esta fase inclui um re-treinamento periódico com novos dados para manter o desempenho.

Aprimoramento contínuo

O campo de IA está em constante evolução, e as IA’s podem ser aprimoradas através de melhorias nos algoritmos, na quantidade e qualidade dos dados, e na arquitetura dos modelos.

O desafio da privacidade

A coleta massiva de dados é o alicerce sobre o qual muitos sistemas de IA são construídos. 

O aprendizado de máquina depende de enormes conjuntos de dados para treinar e aprimorar os algoritmos. 

Leia também: O papel da tecnologia na educação de base

No entanto, a coleta excessiva e o uso inadequado desses dados podem levar a violações de privacidade. 

É aí que mora o perigo!

Dessa forma, é essencial que as empresas e desenvolvedores adotem práticas de coleta e armazenamento de dados éticas e transparentes.

Essas medidas garantem que os usuários tenham controle sobre como suas informações são utilizadas.

A ameaça da manipulação

Algoritmos de IA são projetados para encontrar padrões nos dados que analisam. 

No entanto, esses padrões podem, por vezes, resultar em resultados enviesados e injustos, reproduzindo preconceitos presentes nos dados originais. 

Nesse ponto, a segurança não é apenas uma questão técnica, mas também ética. 

Saiba mais: Código de ética da computação

Os desenvolvedores precisam implementar medidas para detectar e mitigar viés nos sistemas de IA, garantindo que eles não perpetuam discriminações e desigualdades.

Transparência

A complexidade dos modelos de IA, como as redes neurais profundas, muitas vezes torna difícil entender como eles tomam decisões, provocando preocupações sobre a falta de transparência e interpretação.

Imagine um sistema de IA tomando decisões críticas na área da saúde? 

Por isso, é fundamental que os desenvolvedores trabalhem para criar modelos que possam ser explicados e compreendidos por especialistas e usuários leigos.

Para que as decisões tomadas pela IA sejam confiáveis e justificáveis.

Segurança cibernética

Assim como qualquer tecnologia conectada à internet, os sistemas de IA também estão suscetíveis a ataques cibernéticos. 

Uma IA mal protegida poderia se tornar uma ferramenta poderosa nas mãos de hackers, sendo usada para automatizar ataques ou explorar vulnerabilidades. 

É imperativo que as organizações implementem medidas robustas de segurança cibernética para proteger seus sistemas de IA contra ameaças externas.

A busca por regulamentações

A rápida evolução da IA muitas vezes supera a capacidade das regulamentações existentes de acompanhar seu desenvolvimento. 

A comunidade global está agora enfrentando o desafio de estabelecer regulamentações que promovam a inovação e, ao mesmo tempo, garantam a segurança e a ética no uso da IA. 

No Brasil os cientistas do Direito estão correndo contra o tempo para estabelecer diretrizes derivados dos princípios da Ética da informação e compartilhamento de dados.

Veja também: A necessidade de regulamentação da inteligência artificial no Brasil: correndo contra o tempo

Vantagens da IA no cotidiano

A IA tem o poder de aliviar a carga de trabalho humana, automatizando tarefas rotineiras e monótonas, permitindo que as pessoas se concentrem em tarefas mais criativas e estratégicas, impulsionando a produtividade.

Assistentes virtuais como Siri, Alexa e Google Assistant transformaram a forma como interagimos com nossos dispositivos. Eles compreendem nossos comandos de voz, tornando a interação mais intuitiva e eficiente.

Algoritmos de IA analisam nossos padrões de comportamento e preferências para oferecer recomendações personalizadas, desde filmes a produtos de compras on-line.

A IA está revolucionando a medicina, auxiliando em diagnósticos mais precisos e identificação de padrões em grandes conjuntos de dados médicos, possibilitando tratamentos mais eficazes.

A indústria automobilística está explorando veículos autônomos, que utilizam sistemas de IA para navegação e tomada de decisões no trânsito, com o potencial de aumentar a segurança e eficiência no transporte.

Desvantagens da IA no cotidiano

A automação impulsionada pela IA pode resultar na substituição de trabalhadores humanos em tarefas específicas, o que levanta preocupações sobre o desemprego em certos setores.

Algoritmos de IA podem perpetuar viés – político ou ideológico, por exemplo – existente nos dados utilizados para treiná-los, levando a decisões injustas e discriminatórias em áreas como contratação e empréstimos.

O uso massivo de dados pessoais para treinar algoritmos de IA suscita preocupações sobre a privacidade e o potencial vazamento de informações sensíveis.

A integração excessiva de IA pode levar à dependência tecnológica, deixando as pessoas menos capazes de realizar tarefas sem assistência digital.

Os perigos da inteligência artificial: questões éticas

Partindo do pressuposto que a IA não é isenta de desafios, a busca por um equilíbrio entre aproveitar as vantagens da IA enquanto se mitigam suas desvantagens é muito importante.

Assim, pode-se garantir que ela continue sendo uma ferramenta benéfica e ética em nosso cotidiano. 

Leia também: Tutorial: como vender na internet para iniciantes

Mas precisa-se discutir se é lícito ou não utilizar a IA no ambiente profissional e, ao mesmo tempo, explorar os perigos que podem surgir.

O uso da IA no trabalho tem potencial para trazer inúmeros benefícios, como automatização de tarefas tediosas, análise de dados complexos e apoio à tomada de decisões estratégicas. 

No entanto, a questão ética emerge quando consideramos os possíveis impactos nas pessoas e na sociedade como um todo, mas a licitude do uso da Inteligência Artificial no trabalho não possui uma resposta definitiva (ainda!). 

É uma discussão complexa que requer um equilíbrio cuidadoso entre inovação e ética. 

Enquanto a IA traz promessas de maior eficiência e insights valiosos, não podemos ignorar os perigos potenciais que vão desde a desumanização do ambiente de trabalho até a perpetuação de desigualdades. 

A ética deve guiar nossas escolhas à medida que exploramos o potencial da IA, assegurando que nossos avanços tecnológicos sejam acompanhados por responsabilidade e consideração pelas implicações humanas.

Conclusão

A inteligência artificial promete trazer avanços significativos para diversos setores, mas seu sucesso dependerá em grande parte de como lidamos com os desafios de segurança. 

Leia também: As 6 maiores invenções de Leonardo Da Vinci

A segurança na era da IA não é apenas uma preocupação técnica, mas uma questão ética e social. 

É nosso dever garantir que a inovação tecnológica seja guiada por valores humanos e que os sistemas de IA sejam construídos com responsabilidade e transparência, visando um futuro mais seguro e equitativo para todos.

A presença da Inteligência Artificial (IA) no nosso cotidiano se tornou tão comum que muitas vezes nem percebemos sua influência. 

Desde assistentes virtuais em smartphones até sistemas de recomendação em plataformas de streaming, a IA está moldando nossas experiências de maneira profunda. Concorda?

Que tal ajudar a espalhar a palavra?

Se você achou esse post útil, não deixe de nos seguir no Instagram! Lá postamos conteúdos diários destinados especialmente a empreendedores do ramo de smartphones.

Com certeza você encontrará muito material de valor por lá, isso podemos garantir! 

E que tal conferir outros blogposts que podem ser do seu interesse?

Placa de celular: tudo o que você precisa saber sobre esse componente

Impostos ME simples nacional: taxas da assistência técnica

Samsung M23 ficha técnica: ainda vale a pena em 2023?

Rolar para cima