Instalar uma película celular no seu dispositivo é indispensável para evitar danos e gastos com consertos, mas isso só é possível escolhendo uma película celular que se ajuste perfeitamente à sua tela.
Com o uso diário, os smartphones estão sujeitos a quedas, arranhões e outros tipos de danos que podem afetar tanto a estética quanto o funcionamento, especialmente quando não possuem uma película celular adequada.
De acordo com a pesquisa “O brasileiro e seu smartphone” de 2023, cerca de 30% dos celulares do país estão com a tela danificada! Levando em consideração que há hoje 270 milhões de celulares no Brasil, o número representa cerca de 80 milhões de dispositivos com a tela danificada que poderiam estar com a tela intacta caso usassem a película celular correta!

A verdade é que escolher uma película celular resistente, durável e que não interfira no toque ou na qualidade da imagem exige atenção e uma boa pesquisa.
Pronto para começar?

A história das telas: a importância da película celular

Os primeiros celulares tinham telas pequenas, feitas de plástico, que funcionavam apenas como visor. Por isso, protegê-las não era uma grande preocupação nem das empresas nem dos usuários.
Tudo mudou com o lançamento do primeiro iPhone, em 2007. Duas transformações importantes ocorreram: as telas passaram a ser de vidro e, por conta do touchscreen, se tornaram o principal componente do aparelho. Porém, diferente do plástico, o vidro é um material muito mais delicado, propenso a trincar, arranhar e até se estilhaçar.
Essa fragilidade tem a ver com a estrutura molecular do vidro, que é desordenada. Ou seja, quando um impacto excede a energia das ligações moleculares, o vidro quebra, já que a desordem aumenta a probabilidade de pontos fracos, resultando em rachaduras. Já o plástico, com sua estrutura molecular ordenada, distribui melhor a energia do impacto, reduzindo as chances de danos.

Outro grande fator foi a mudança no papel da tela. De um simples visor, ela se tornou o centro funcional do celular, assumindo funções antes realizadas por botões, como abrir aplicativos, acessar o teclado e controlar a câmera. Com isso, qualquer dano na tela ou no touchscreen passou a ser um grande problema para os usuários.
A partir desse momento, surgiu uma pergunta inevitável: “Como proteger essas novas telas de vidro?”. A solução parecia simples: criar uma camada protetora que pudesse absorver os impactos. Assim nasceram as películas de vidro, feitas do mesmo material das telas a fim de preservar a sensação de toque original do celular. Mas logo ficou claro que esse plano tinha limitações. Por serem feitas do mesmo material das telas, essas películas compartilhavam a mesma fragilidade, quebrando facilmente e, às vezes, até contribuindo para danificar a tela original. Isso porque quando as películas de vidro quebram, elas podem transferir parte do impacto para a tela.
Diante desse cenário, o mercado percebeu a necessidade de um material mais resistente e durável. Para isso, buscaram inspiração em outras indústrias e encontraram uma solução promissora no TPU (Termoplástico de Poliuretano). Esse material oferecia alta proteção à tela e tinha mais durabilidade que as películas de vidro devido à sua composição química, que será abordada na próxima seção do texto. Assim, ele se tornou uma alternativa mais eficaz para proteger os smartphones.
Agora que entendemos essa evolução, é hora de explorar as opções disponíveis e descobrir qual tipo de película atende melhor às suas necessidades diárias!
Película celular de TPU

Para entender como essas películas funcionam, é essencial explorar mais profundamente o que é o TPU (Termoplástico de Poliuretano) e quais são suas principais características.

O TPU é, de maneira simplificada, um tipo de plástico elastômero composto por uma combinação de segmentos rígidos e flexíveis. Isso significa que ele é ao mesmo tempo resistente e maleável.
A elasticidade do TPU vem dos segmentos flexíveis, que permitem que o material se estique e dobre sem se danificar. Essa propriedade faz dele uma escolha ideal para aplicações que exigem movimento constante ou flexão, como fios, mangueiras e até capinhas de celular. E é claro que também ajuda muito na aplicação da película em diferentes tipos de modelos, telas e até dispositivos. O TPU é a única película que pode ser cortada na hora para o modelo desejado pelo cliente! O corte é feito por uma máquina especializada que conta com mais de 30 mil modelos em sua base de dados. Confira mais aqui.
Por outro lado, sua durabilidade é garantida pelos segmentos rígidos. Esses segmentos oferecem resistência contra forças externas, protegendo o material de impactos ou desgastes. Essa característica faz do TPU um material altamente durável, capaz de resistir ao uso intenso.
Entre os usos mais comuns do TPU estão:

Tubos flexíveis industriais e mangueiras


Mas o grande destaque do TPU ainda não foi mencionado: sua capacidade de auto-regeneração. Essa característica permite que o material volte à sua forma original após sofrer danos ou deformações físicas. De forma resumida, o que acontece é que os segmentos moles, que podem ser deslocados, esticados, comprimidos e deformados, utilizam os segmentos duros (que não sofrem com nada disso) como um molde para se encaixar novamente e voltar ao estado original!
Por que isso é tão relevante em uma película? Imagine uma película capaz de se recuperar de arranhões e marcas de uso — essa é a principal vantagem das películas de TPU.
Essa propriedade aumenta significativamente a vida útil da película, mantendo sua aparência de nova e sua capacidade de proteção por muito mais tempo.
Película celular de vidro

As películas de vidro são feitas com uma estrutura rígida, o que resulta em uma proteção inferior quando comparada ao TPU. Essa rigidez é exatamente o que as torna mais suscetíveis a danos, como rachaduras, principalmente em situações de impacto ou quedas.
Para compreender melhor, é necessário analisar a organização molecular do vidro. Trata-se de um material amorfo, o que significa que seus átomos não possuem um arranjo ordenado. Essa característica é resultado do processo de fabricação, onde o vidro passa por um resfriamento rápido e seus componentes não têm tempo suficiente para se organizar antes de o material solidificar.

Essa desordem na estrutura molecular impede que os átomos do vidro se movimentem, dificultando a absorção de impactos. Em resumo, a própria composição desordenada do vidro o torna extremamente frágil e fácil de quebrar.
O pior é que, quando uma película de vidro se rompe, o impacto muitas vezes é transmitido diretamente para a tela do celular, causando danos ao visor.
Película celular de cerâmica

Por fim, as películas de cerâmica geram muita controvérsia. Apesar de serem vendidas como uma opção altamente tecnológica que conta com revestimento de cerâmica, isso não é verdade. A verdade é que entregam um produto rígido e frágil.
Ao ouvir o termo “película de cerâmica”, você pode imaginar algo como as louças antigas da casa da sua avó ou um piso sofisticado e durável. Porém, a realidade é bem diferente.
Na verdade, as chamadas películas de cerâmica são feitas de PET, um plástico amplamente utilizado no mundo, principalmente em embalagens e garrafas de refrigerante.

O PET, ou politereftalato de etileno, foi descoberto durante a Segunda Guerra Mundial, quando a indústria têxtil europeia enfrentou uma grave escassez de materiais como algodão e seda. Em 1941, os pesquisadores britânicos John Rex Whinfield e James Tennant Dickson criaram o PET enquanto trabalhavam para a Calico Printers’ Association, um conglomerado de diversas empresas do ramo têxtil da época.

Esse polímero é amplamente usado em tecidos e embalagens, como garrafas de refrigerante, e é conhecido por sua leveza, baixo custo e por ser 100% reciclável.
Esses são exatamente os motivos do porquê os fabricantes querem te convencer a comprar a película de cerâmica, afinal, qual fabricante não gostaria de trabalhar com um material barato, reciclável e que pode ser vendido como um produto premium?
Suas claras desvantagens também não podem ser ignoradas. Produtos de PET têm uma vida útil muito curta, o que claro impacta na durabilidade da película de cerâmica.
Além disso, o PET é um plástico altamente rígido, característica que se deve à sua composição química, incluindo estruturas resistentes que tornam suas moléculas mais estáveis e firmes. Áreas cristalinas (com alta organização molecular) em sua estrutura aumentam ainda mais sua rigidez, e o processo de fabricação, que envolve esticar o material, reforça essa característica.
E como já vimos anteriormente, rigidez não significa proteção — na verdade, geralmente significa o oposto, afinal, quanto mais rígido um objeto é, menor é sua capacidade de dissipar a energia de impactos.
Mas e a “cerâmica” dessas películas? Infelizmente, o nome não reflete a realidade. De cerâmica, elas não têm nada!
Ou seja: quem adquire essas películas acreditando estar investindo em uma tecnologia avançada com revestimento de cerâmica, na verdade, está comprando um produto que não entrega o nível de proteção esperado.
Proteção da película celular TPU

A película de hidrogel, feita de TPU, proporciona uma proteção extremamente eficaz contra os danos do dia a dia que podem comprometer a tela de um smartphone.
Sua composição em TPU oferece alta resistência a arranhões e desgastes por fricção, funcionando como uma barreira que mantém a tela intacta por muito mais tempo. Isso acontece porque o TPU combina partes rígidas e flexíveis, onde as rígidas absorvem o impacto e as flexíveis ajudam a dissipar a energia gerada, espalhando a energia e evitando que ela se concentre em um só ponto, diminuindo assim as chances de danos.
Essa característica é especialmente útil para proteger a tela contra acidentes, como quedas, evitando rachaduras e outros danos permanentes.
Proteção da película celular de vidro

A estrutura rígida da película de vidro oferece uma barreira contra objetos pontiagudos e abrasivos, mas não é tão eficaz em proteger a própria película devido à sua estrutura molecular amorfa, que já explicamos no início do texto. Ou seja: apesar de oferecer uma barreira que protege a tela de forma moderada, a película de vidro pode se quebrar facilmente, o que pode, indiretamente, comprometer a segurança da tela devido aos cacos resultantes.
Apesar de ser eficiente contra arranhões, a película de vidro é muito vulnerável a trincos e quebras em quedas ou impactos mais intensos. Quando isso ocorre, os pedaços de vidro quebrado podem ser cortantes, representando risco tanto para a tela quanto para o usuário. Esses fragmentos podem dificultar o manuseio do dispositivo, causar desconforto e até aumentar as chances de acidentes.
Além disso, quando a película quebra, significa que ela não conseguiu absorver o impacto adequadamente, ou seja, ela provavelmente o transferiu diretamente para a tela!
Proteção da película celular de cerâmica

A película de cerâmica é frequentemente apresentada como uma opção superior a todas as outras, mas uma análise detalhada de sua composição revela que essa ideia não se sustenta.
Sua estrutura, composta principalmente por PET, oferece apenas uma proteção básica contra arranhões e impactos leves, mas demonstra sérias limitações diante de situações mais intensas, como quedas.
Quando isso acontece, a proteção se torna ineficiente e, em alguns casos, pode até colocar a tela original do dispositivo em risco, já que a película não consegue absorver adequadamente a energia do impacto.
Durabilidade da película celular TPU

A película de TPU se destaca como a mais durável do mercado.
Isso ocorre graças às suas propriedades de auto-regeneração, que permitem que arranhões e marcas de impacto desapareçam rapidamente, como já explicamos no início do texto.
Dessa forma, ela oferece uma proteção que não apenas preserva sua aparência impecável por muito mais tempo, mas também mantém suas funcionalidades de proteção intactas por um período prolongado.
Durabilidade da película celular de vidro

Enquanto o TPU se destaca pela durabilidade, as películas de vidro enfrentam o maior número de problemas nesse quesito.
Embora sua rigidez possa parecer uma vantagem, na prática, é o oposto. Por serem rígidas, essas películas têm maior tendência a trincar ou se danificar em quedas e impactos mais intensos.
O pior é que, quando se quebram, essas películas não apenas perdem parte de sua proteção, mas também podem danificar a tela do dispositivo com os próprios cacos e, em casos mais graves, até causar ferimentos no usuário.
Durabilidade da película celular de cerâmica

A película de cerâmica ocupa uma posição intermediária entre o TPU e o vidro quando se trata de durabilidade.
Isso porque, apesar de não ser tão frágil quanto as películas de vidro, o PET é um material notadamente de baixa vida útil. Basta perceber que grande parte dos produtos que o utilizam são até mesmo descartáveis!
Aplicação da película celular TPU
A película de TPU se destaca pela facilidade de aplicação. Isso se deve a um adesivo central mais fraco instalado na película que entra em contato com a tela antes do restante dos adesivos, permitindo que o técnico ajuste e reposicione a película quantas vezes for necessário até alcançar o alinhamento ideal com o dispositivo.
Veja o passo a passo completo para aplicar uma película de TPU:
- Remova cuidadosamente a película antiga, caso exista.
- Limpe a tela com um pano de microfibra e álcool isopropílico.
- Certifique-se de que não há sujeira, pelos ou partículas de poeira na tela.
- Corte a película de TPU no tamanho exato, na hora, para o modelo desejado utilizando uma máquina de corte.
- Use o adesivo central para posicionar a película, ajustando quantas vezes for necessário até obter o alinhamento perfeito.
- Utilize um cartão para fixar o lado A da película.
- Utilize um cartão para fixar o lado B da película.
- Remova a camada protetora da película.
Confira abaixo um vídeo demonstrando a aplicação de uma película de hidrogel (TPU).
Aplicação da película celular de vidro
A película de vidro é a mais desafiadora de aplicar, pois exige precisão absoluta na primeira tentativa. Caso seja retirada após a aplicação, ela ficará marcada pelo adesivo, comprometendo seu uso.
Veja o passo a passo para aplicar uma película de vidro:
- Remova cuidadosamente a película antiga, se houver.
- Limpe a tela com um pano de microfibra e álcool isopropílico.
- Certifique-se de que não há sujeira, pelos ou poeira sobre a tela do celular.
- Alinhe a película com perfeição e faça a aplicação. Atenção: não há margem para erros!
Confira abaixo um vídeo mostrando o processo de aplicação de uma película de vidro.
Aplicação da película celular de cerâmica
A película de cerâmica, embora seja um pouco mais tolerante que a de vidro, ainda enfrenta o mesmo desafio. Para garantir um bom resultado, é essencial que o técnico consiga aplicar corretamente na primeira tentativa, pois a película pode ficar marcada se for retirada.
Veja o passo a passo para aplicar uma película de cerâmica:
- Remova cuidadosamente a película antiga, caso exista.
- Limpe a tela com um pano de microfibra e álcool isopropílico.
- Certifique-se de que não há sujeira, pelos ou poeira sobre a tela do celular.
- Alinhe a película com precisão e realize a aplicação. Atenção: não há margem para erros!
Confira abaixo um vídeo demonstrando a aplicação de uma película de cerâmica.
Conclusão

A tela é, sem dúvida, a parte mais importante e cara de um celular nos dias de hoje.
Sem uma proteção adequada, ela fica vulnerável a arranhões, impactos, marcas de dedos e outros danos que podem afetar tanto a qualidade da imagem quanto a funcionalidade do touchscreen.
Por isso, usar uma película de proteção é essencial — e escolher o tipo certo é igualmente importante.
Proteger a tela do seu celular é mais do que uma questão estética — é um investimento que ajuda a evitar custos com reparos futuros e oferece mais tranquilidade no uso diário.
Se você tem interesse em comprar uma película para proteger o seu smartphone ou se você é um técnico de celular, preencha o formulário ao fim da página e aguarde nosso contato por WhatsApp.