Quando se trata de proteger a tela do celular, a primeira linha de defesa que a maioria das pessoas considera é uma película de proteção.
No entanto, muitas vezes as películas, especialmente as feitas de vidro ou cerâmica, podem acabar quebrando ou lascando após quedas ou impactos mais fortes, o que levanta a pergunta: Existe uma película que não quebra?
Com o mercado de películas oferecendo uma variedade de materiais, incluindo vidro, cerâmica e opções mais modernas como o TPU, muitos usuários se perguntam qual é a mais durável e se há realmente uma película que ofereça proteção eficaz sem quebrar.
Neste post, vamos explorar as diferentes opções disponíveis e discutir se existe uma película que possa realmente garantir uma maior durabilidade sem correr o risco de lascar ou fragmentar.

Leia também: Película 3D x película de hidrogel: qual a diferença?
A história das telas de celular e por que é importante ter uma película que não quebra

Os primeiros celulares tinham telas pequenas, feitas de plástico, que serviam apenas como visores. Por isso, tanto as empresas quanto os usuários não se preocupavam muito com a proteção dessas telas.
Isso mudou completamente em 2007 com o lançamento do primeiro iPhone. Duas grandes inovações ocorreram: as telas passaram a ser feitas de vidro e, com a introdução do touchscreen, se tornaram o componente mais importante do aparelho. No entanto, o vidro, ao contrário do plástico, é um material muito mais sensível, sujeito a rachaduras, arranhões e até estilhaços.

Essa fragilidade está relacionada à estrutura molecular do vidro, que é desorganizada. Isso significa que, quando o impacto ultrapassa a resistência das ligações moleculares, o vidro se rompe. Sua estrutura desordenada facilita o surgimento de pontos frágeis, que resultam em trincas. Já o plástico, com uma estrutura molecular mais organizada, consegue dissipar melhor a energia do impacto, reduzindo os danos.

Além disso, o papel da tela mudou drasticamente. De um simples visor, ela se transformou no centro de controle do celular, substituindo funções antes realizadas por botões, como abrir aplicativos, acessar o teclado e ajustar a câmera. Por isso, qualquer dano à tela ou ao touchscreen passou a representar um grande inconveniente para os usuários.
Com essa mudança, surgiu uma pergunta inevitável: “Como proteger essas novas telas de vidro?”. A resposta parecia simples: desenvolver uma camada protetora que absorvesse os impactos. Assim, surgiram as películas de vidro, feitas do mesmo material das telas para manter a experiência de toque original. No entanto, logo ficou evidente que essas películas tinham limitações. Por serem feitas do mesmo vidro das telas, compartilhavam sua fragilidade, quebrando com facilidade e, em alguns casos, até causando mais danos à tela original. Isso acontece porque, ao se romperem, as películas podem transferir parte do impacto para a tela.
Diante desse desafio, o mercado identificou a necessidade de criar um material mais resistente e duradouro. A solução veio da inspiração em outras indústrias e resultou no uso do TPU (Termoplástico de Poliuretano). Esse material oferecia uma proteção superior e maior durabilidade em comparação às películas de vidro, graças à sua composição química, que será detalhada na próxima parte do texto. Assim, o TPU se tornou uma alternativa mais eficiente para proteger os smartphones.

Agora que conhecemos essa evolução, vamos explorar as opções disponíveis e descobrir qual película atende melhor às suas necessidades no dia a dia!
Película de TPU: a película que não quebra

Para compreender como essas películas funcionam, é importante conhecer o que é o TPU (Termoplástico de Poliuretano) e suas principais características.
O TPU é, basicamente, um tipo de plástico elastomérico formado por uma combinação de componentes rígidos e flexíveis. Essa mistura faz com que ele seja, simultaneamente, resistente e maleável.
A maleabilidade do TPU vem de seus segmentos flexíveis, que permitem ao material dobrar e esticar sem sofrer danos. Essa propriedade o torna perfeito para aplicações que exigem movimento constante ou flexibilidade, como cabos, mangueiras e capas de celular.
Já sua resistência é proporcionada pelos segmentos rígidos, que oferecem proteção contra forças externas e tornam o material menos suscetível a impactos ou desgaste. Por isso, o TPU é extremamente durável, suportando condições de uso intenso.
O grande diferencial do TPU, porém, é sua propriedade de auto-regeneração. Esse material tem a capacidade de voltar à sua forma original após sofrer arranhões ou deformações. Isso acontece porque seus segmentos flexíveis, que podem ser esticados, comprimidos ou deformados, utilizam os segmentos rígidos como base, permitindo que o material recupere sua forma inicial.
E por que isso é tão importante em uma película? Imagine uma película que consegue se recuperar de arranhões e marcas de uso. Essa é a principal vantagem das películas de TPU.
Essa habilidade de auto-regeneração aumenta significativamente a durabilidade da película, mantendo sua aparência impecável e sua capacidade de proteção por muito mais tempo.
Película de Vidro: a película que quebra sim

As películas de vidro possuem uma estrutura rígida, o que as torna menos eficientes na proteção contra impactos quando comparadas às películas de TPU. Essa rigidez é justamente o que as torna mais propensas a danos, como rachaduras, especialmente em casos de quedas ou impactos.
Para entender melhor essa fragilidade, é importante observar a organização molecular do vidro. Como já dizemos anteriormente neste artigo, ele é considerado um material amorfo, o que significa que seus átomos estão dispostos de forma desordenada. Isso ocorre devido ao processo de fabricação, em que o vidro é resfriado rapidamente, impedindo que seus componentes se organizem antes de solidificar.
Essa falta de ordem na estrutura molecular reduz a capacidade do vidro de absorver impactos, já que os átomos não conseguem se mover para redistribuir a energia. Em outras palavras, a desorganização na composição do vidro contribui para sua fragilidade, tornando-o mais suscetível a quebras.
Além disso, quando uma película de vidro se rompe, ela frequentemente transfere parte do impacto diretamente para a tela do celular, o que pode causar danos ao visor.
Película de Cerâmica: será que essa película não quebra?

As chamadas películas de cerâmica geram bastante polêmica. Embora sejam comercializadas como uma opção avançada e tecnológica, supostamente com um revestimento de cerâmica, a realidade é outra. Na prática, elas oferecem um produto rígido e frágil.
Quando ouvimos “película de cerâmica”, é comum imaginar algo semelhante a louças antigas ou pisos duráveis e sofisticados. No entanto, essa expectativa está longe da verdade.
Na realidade, essas películas são feitas de PET (politereftalato de etileno), um plástico amplamente utilizado na fabricação de embalagens, como garrafas de refrigerante.

O PET foi desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial, quando a indústria têxtil europeia enfrentava uma escassez de materiais como algodão e seda. Em 1941, os cientistas britânicos John Rex Whinfield e James Tennant Dickson criaram o PET enquanto trabalhavam para a Calico Printers’ Association, uma organização do setor têxtil. Desde então, o material se tornou popular por sua leveza, baixo custo e alta reciclabilidade.
Essas características fazem do PET um material atrativo para os fabricantes, que podem oferecer um produto barato e reciclável como se fosse uma solução premium. No entanto, essas mesmas características também revelam suas limitações. O PET, por ser um plástico rígido, tem uma vida útil curta, o que afeta diretamente a durabilidade das películas de cerâmica.
Essa rigidez, resultado da composição química do PET, inclui áreas cristalinas em sua estrutura molecular que aumentam sua firmeza. Além disso, o processo de fabricação, que estica o material, reforça ainda mais essa rigidez. Porém, como já vimos, rigidez não é sinônimo de proteção. Na verdade, materiais mais rígidos tendem a dissipar menos energia em impactos, tornando-os mais propensos a danos.
Ou seja: a película de cerâmica, assim como as de vidro, também pode se quebrar com impactos!
E quanto ao “revestimento de cerâmica”? Infelizmente, o nome é apenas uma jogada de marketing. Essas películas não têm nada de cerâmica.
Em resumo, quem compra essas películas acreditando estar investindo em uma tecnologia avançada está, na verdade, adquirindo um produto que não entrega o nível de proteção esperado.
Conclusão: Qual película que não quebra?

Se o objetivo é evitar que a película quebre, a película de TPU é a escolha ideal. Sua elasticidade, durabilidade e capacidade de auto-regeneração garantem uma proteção eficiente contra impactos e arranhões, sem o risco de trincar ou estilhaçar.
Por outro lado, tanto as películas de vidro quanto as chamadas películas de cerâmica compartilham uma característica importante: ambas são rígidas e suscetíveis a danos. As películas de vidro podem quebrar com facilidade em casos de impacto, muitas vezes transferindo parte da energia para a tela do celular, o que pode causar danos adicionais. Já as películas de cerâmica, feitas de PET, também são rígidas e frágeis, oferecendo uma proteção inferior e quebrando sob pressão ou impactos mais intensos.
Portanto, se você busca uma película que realmente não quebre e ofereça uma proteção mais duradoura, a película de TPU é a escolha mais confiável.
Para entender ainda mais sobre a película de TPU confira este artigo completo que escrevemos sobre esse acessórios!